quarta-feira, 23 de abril de 2008

Parabéns Danica!


Guiando um dos carros da equipe Andretti-Green a piloto foi à primeira mulher na história da Fórmula Indy a vencer uma corrida.

Danica Patrick começou sua trajetória em 2005 na Fórmula Indy. E Surpreendeu. Quase ganhou o Gp de Indianápolis daquele ano, e suas poles position eram apenas o aquecimento para o que presenciamos na madrugada de sábado para domingo em Motegi – sua primeira vitória.

No primeiro momento, a piloto podia ser confundida com mais uma piloto que tenta em vão e sem competência ganhar algum destaque no cenário machista do automobilismo. Mas o tempo e seu pé direito pesado mostraram que não.

Sempre muito rápida e regular em treinos e corrida Patrick tem a sensibilidade para guiar como qualquer um. Mesmo com suas limitações em circuitos mistos, a norte-americana pode ser apontada como a melhor entre as pilotos que apareceram no cenário do automobilismo nas últimas três décadas.

Devo confessar que a corrida foi morna, pra não dizer chata. Danica dava a impressão de não passar de um quinto lugar. A prova estava a gosto da equipe Ganassi, com Scott Dixon e Dan Wheldon comandando a prova. Parecia apenas questão de tempo para dobradinha dos carros vermelhos.

A dupla vinha bem e mostravam regularidade na prova. Com carros bem ajustados para circuitos ovais com apenas os brasileiros Hélio Castro Neves e Tony Kannan como rivais diretos a vitória no Gp japonês. Mas o quarteto fantástico esqueceu de combinar com a Mulher Maravilha.

A vitória parecia mesmo caminhar para um dos quatro.

O momento chave da prova ocorreu na última janela de paradas nos boxes para reabastecimento. Contando com uma boa estratégia e orientada pela sua equipe Andretti-Green a economizar equipamento e etanol, Patrick que vinha em posições intermediarias durante toda corrida, viu seus adversários diretos pararem e surpreendeu.

Ela não pararia. Na sua frente só o brasileiro e líder do campeonato Castro Neves e sua ânsia pela primeira vitória.

Devo dizer que fiquei surpreso pela facilidade que passou o brasileiro, foi como aqueles foguetes em direção as galáxias. Mas talvez Patrick fosse mesmo um foguete naquele momento, em busca do Olímpo reservado aos grandes do automobilismo mundial.

Fico feliz por presenciar este momento e que este marco abra caminho para outras boas pilotos que existe por aí, como Bia Figueiredo, nossa brasileira que disputa a categoria de acesso da Fórmula Indy.

A lástima da corrida foi Band.

A prova foi adiada em um dia, devido à chuva que castigava a região de Motegi. A emissora que detém os direitos de transmissão da categoria preferiu manter sua grade de programação intacta e os fãs da categoria que não tinham acesso a BandSports não puderam assistir na íntegra a prova. A Band mostrou apenas as últimas voltas.

Ainda bem que existe Internet, só assim, que eu e alguns fãs felizardos acompanhamos ao vivo a corrida.

Nenhum comentário: