sábado, 21 de julho de 2007

BASTA!

Estava na sala acompanhando os jogos Pan-Americanos, vendo nossos ginastas, com excelentes apresentações, quando o plantão da televisão dar uma notícia que entristece, causa perplexidade, silêncio, dor a milhões de brasileiros.

Terça-feira, 17 de julho, dia que jamais será esquecido na história da aviação brasileira.

Pouco mais das 18 horas um airbus da companhia aérea TAM após derrapar e sair da pista de pouso do aeroporto de Congonhas, São Paulo, cruzou a avenida Washigton Luís, atingiu carros, chocando-se, por fim, contra um posto de gasolina, e em seguida, o galpão da companhia TAM.

Em conseqüência disto, duas grandes explosões acarretam a morte de mais de 190 pessoas. E ainda pode haver mais, segundo o coronel do Corpo de Bombeiros Manuel Antonio da Silva Araújo. A estimativa é que chegue a 200 vítimas, no maior desastre aéreo brasileiro.

O que se via no local do acidente era o desespero, correria, pessoas se jogando das janelas, um verdadeiro script de filme de terror que parecia não ter fim.

No aeroporto de Congonhas a aflição de pessoas, que assistiram assustadas as explosões sem acreditar, sem entender direito. A aflição tomava conta nas dependências do aeroporto de Congonhas.

Até agora ainda há buscas por corpos, já não existe possibilidade de se encontrar pessoas com vidas.

Pelas imagens já sabíamos que era impossível, o fogo tomou rapidamente conta do depósito da TAM Express.

A pergunta que vinha na cabeça era o que poderia ter acontecido para um avião parar ali? Erro do piloto, defeito da máquina, controladores de vôos desatentos, pista escorregadia.

Mais uma vez, o povo brasileiro se depara com um acidente aéreo, desta vez pior do que a colisão de um Boeing da Gol e um jato Legacy da empresa Excel Aire, que resultou na morte de 154 pessoas, e a partir desse fatídico episódio degringolou a maior crise na aviação do país.

A lição ocorrida há 10 meses atrás, parece não ter sido aprendida pelas autoridades da ANAC, Infraero, e as demais autoridades competentes.

O que se vê é o descaso, a falta de compromisso. E quem sofre com isso somos nós, o povo que se vê a mercê de verdadeiros paus-de-arara de locomoção aéreo.

Mas quem se importa com vidas não é mesmo. Nossas ilustríssimas autoridades estão mais preocupadas em acusarem uns aos outros, e de quem for a culpa, é a salvação do outro. Viva Brasil!

E é isso aí. Quem não viu dois representantes do governo, Marco Aurélio Garcia e Bruno Gaspar fazendo gestos obscenos, onde dava-se a entender que comemorava a suspeita do Airbus da TAM ter apresentado um defeito mecânico. Derrota deles, vitória nossa deveria está comemorando.

É nesse contexto que nos encontramos, de guerra de egos. Enquanto isso, os familiares choram a perda de seus entes queridos, em uma cena que nos faz ficar paralisados, sem ação, apenas olhando e de alguma forma confortando com rezas e palavras de apoio essas famílias, que acabaram de perder VIDAS!

VIDAS! VIDAS! VIDAS!

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