domingo, 6 de julho de 2008

Hamilton e Barrichello dão show em Silverstone


O Gp de Silverstone que se despede em 2009 do calendário para dá lugar a Donington Park, vai deixar saudades e a corrida de ontem foi prova disso.

Durante as 60 voltas, o que se viu foi um festival de rodadas, barbeiragens de uns, e habilidades e competências de outros. E vou começar a falar de dois pilotos que brilharam - Lewis Hamilton e Rubens Barrichello.

Hamilton sabia que não podia mais errar. Os seguidos erros no Canadá e na França o tiraram pontos preciosos, o inglês chegou dez pontos atrás de Massa na Inglaterra, e em frente a sua torcida tinha a noção que precisa com urgência de uma recuperação.

Nos treinos de sábado parecia que mais uma vez as pressões que vinha sofrendo da imprensa iria ocasionar falhas, mas na corrida o inglês pôs a faca nos dentes e barbarizou a concorrência. Guiou como quis no sinuoso circuito inglês debaixo de uma chuva que em certos momentos castiga demais os pilotos. Hamilton saiu ileso das ocorrências, mesmo passando uma vez ou outra pela grama, mas nada que tirasse sua tranqüilidade. Assim como em Fuji, ano passado, o jovem piloto britânico, sabe como guiar em corridas caóticas pela chuva e protagoniza uma pilotagem digna de campeão.

Agora se Hamilton saiu de Silverstone ovacionado pelos seus compatriotas, líder e mais vivo do que nunca na briga pelo campeonato, em minha modesta opinião o nome da prova foi o brasileiro Rubens Barrichello, que com uma pilotagem agressiva e agraciado pela chuva e por uma excelente tática da equipe Honda (diga-se Ross Brawn) em colocar pneus de chuva num instante crucial da corrida, visto que logo depois caiu um temporal tipicamente inglês no circuito, o brasileiro mostrou que sua experiência e habilidade em guiar sob chuva contam ainda e muito no atual cenário da categoria - muitos pilotos medianos pra baixo.
Depois de largar em 16º, Barrichello soube se manter longe das confusões e durante sua primeira parada nos boxes ele e equipe resolveram arriscar tudo colocando pneus para chuva enquanto todos optaram por continuar com os intermediários. Resultado - três a seis segundos mais rápidos que a concorrência. Conseqüência: o brasileiro voava na pista e ultrapassava um a um seus adversários, chegou a ocupar o segundo posto antes de sua segunda e última parada nos boxes, mas o terceiro lugar foi uma vitória para a fraca equipe Honda e redenção para Rubens que depois de três anos sabe o que é está de voltar ao pódio (o último tinha sido no Canadá).
Próximo post é sobre o resto...
Fotos: Grande Prêmio, Blog do Ico

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