quarta-feira, 7 de maio de 2008

Dilma Roussef saiu vitoriosa

Era certo que a oposição queria desestabilizar a ministra Dilma Roussef em seu depoimento à Comissão de Infra-Estrutura do Senado.

A ministra chegou na hora marcada e estava acompanhada de aliados do governo. A oposição não entregaria de mão beijada sua ida sem antes atacá-la sobre o caso o dossiê com os gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira dama Ruth Cardoso.

José Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado começou os trabalhos relembrando uma entrevista da ministra cedida à Folha de São Paulo na qual Dilma fala a respeito de sua militância contra a ditadura militar.

Em tom exaltado, mas contundente, a reposta de Dilma foi precisa e um banho de água fria nas pretensões da oposição. Declarou que “Qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira. Eu tinha 19 anos, fiquei 3 anos na cadeia e fui barbaramente torturada e qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para os interrogadores compromete a vida dos seus iguais, entrega as pessoas para serem mortas. Eu me orgulho muito de ter mentido senador, porque mentir na tortura não é fácil.” Ainda negou veementemente a existência do dossiê, porém confirmou o vazamento de dados privados de sua pasta, e que esse caso está sob investigação.

O fato é que Agripino queria desestabilizar, mas o efeito foi o contrário. A ministra saiu da Comissão de Infra-estrutura do Senado vitoriosa e com forças para continuar sendo até o momento, a mais cotada para substituir Lula em 2010.

O que seria um entrave sobre o dossiê terminou com perguntas sobre o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e as preocupações dos senadores com as obras em seus estados.

Em relação ao PAC, Dilma disse que não se trata de um projeto eleitoreiro e nem de um programa de obras “fantasma”.

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