
"A pancada foi concentrada só na cabeça. Foi muito chute, pontapé, soco, cotovelada", disse a vítima.
Na última segunda-feira(25) , pouco mais das quatro horas da madrugada, a empregada doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto, 32, foi covardemente espancada e roubada por 5 jovens de classe média alta, enquanto estava em uma parada de ônibus na avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona oeste, da capital.
A partir de um taxista que anotou a placa do carro que estava sendo usado pelos 5 rapazes a polícia pode investigar e prender os supeitos.
O primeiro detido foi o estudante de direito Macedo Nery Neto, 20. Após seu depoimento a polícia prendeu os outros suspeitos: Júlio Junqueira, 21, dono de um quiosque na praia da Barra e estudante de gastronomia; Leonardo de Andrade, 19, técnico em informática, Rubens Pereira Arruda Bruno, 19.
Hoje o quinto estudante se apresentou à polícia do Rio durante a madrugada.
Em depoimento na delegacia, a emprega doméstica disse que os jovens ao descer de um Gol preto começaram a xingá-la, tiraram sua bolsa e a partir daí, começou a ser espacanda covardemente com golpes na cabeça e na barriga.
Depois de agredida, Sirlei Pinto foi pedir ajuda na casa onde trabalha que fica a poucas quadras do local, em seguida foi levada ao hospital Lourenço Jorge (Barra da Tijuca).
Segundo depoimentos os acusados disseram a polícia que pensavam que Sirlei fosse uma prostituta.
Caso sejam indiciados responderão por latrocínio e lesão corporal dolosa, e a pena pode variar de 7 a 15 anos, e de 1 a 8 anos de prisão, respectivamente.
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Comentário:
Um absurdo o que acontece com os jovens de nossa sociedade. E isso não é privilégio só do Brasil (só lembrar de inúmeros casos de jovens americanos que viram notícias por matar colegas de sala de aula, e isso só pra ficar neste exemplo).
É inadimissível como 5 jovens que tem todas as condições possíveis, estudando em boas faculdades podem fazer tal ato de barbaridade contra uma pessoa?
O que passava pela cabeça deles quando estavam espancando a emprega doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto? Será que estavam pensando que tudo aquilo se tratava de uma brincadeira de moleques? Um fato banal da juventude? Ou foi premeditado, viram a vítima e planejaram o ato?
Casos dessa moça, do índio pataxó queimado em Brasília, do indefeso João Hélio Fernandes, que foi arrastado por um trecho de 7 quilômetros por quatro bairros da zona norte do Rio de Janeiro, deixam uma pergunta no ar.
O que é preciso mudar na nossa sociedade para que acontecimentos como esses não se tornem corriqueiros, banais, que perambulem como fatos "normais" na agenda setting da mídia e no cotidiano de nossa sociedade?
Para mim é preciso o Sistema Judiciário, a Polícia e o Estado agirem com mais firmeza(e urgente)prendendo, dando exemplos, só assim os indivíduos notaram que há ordem e atitudes desse grau repessandas e gradativamente controladas.
O que não pode aontecer é que deixe-se seguir o caso e esquecer duas semanas depois como nada tivesse acontecido, fatos como esses são sérios e ferem na alma os direitos civis.
Agora é esperar a justiça dar a sua sentença a esses jovens. E que seja rígida como o caso merece.
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